Andrews escreve crônicas, toca guitarra, faz cinema, tira foto e faz careta quando alguém quer fotografá-lo. Ele conta sua história nos contos, nos clicks da sua máquina, na arte diária de cada dia. A vida dele daria um bom roteiro para um filme.
Ele é educador. André talvez nunca tenha esquecido de ser criança, por isso ele é contador de estória. Se mistura entre os pequenos e não se sabe se ele ou é outro o menino na roda. Entre os adultos ele desperta o que jamais deveria ter adormecido: a criança que existe em cada um. Ensina arte de contar estória, é a mesma coisa que nossos avós faziam, sentar em roda e contar o dia que passou. Logo quando o conhecemos ele chegava no curso, sentava-se ao nosso lado e conversava com ar tranquilo. Percebemos que também tínhamos que reaprender a contar história.
Fábio também é educador popular, ensina geografia, mas não do modo que aprendemos na escola, a questão do território com ele é diferente, pois na sua roda não há divisões, todos podem ocupar. Ele também adora ocupar os espaços, usa a sua "magrela", tem até um blog onde ele conta suas aventuras encima das duas rodas. Adepto do yoga, conseguiu perceber o quanto praticar os exercícios de respiração ajuda no estresse diário. Essa prática que os ocidentais consideram uma alternativa é mais antiga que os cinco minutos que conhecemos quando perdemos a paciência,

Júlia possui uma alma doce. A Responsabilidade Social não é uma matéria que ela aprendeu na faculdade, é uma postura que vem dos seus princípios, pois ela quer e acredita que pode mudar o mundo, para isso ela busca enxergar e potencializar a capacidade de cada um. Assim como nós, ela tem várias preocupações, mas deu um tempo, pois atualmente ela está preocupada com os índios que estão perdendo sua terra, sua morada; com o nordeste sem água. Engajar projetos, dar visibilidade para a minoria é seu projeto de vida.
Vanessa, assim como André conta estória, ainda não tivemos a oportunidade de sentar em uma de suas rodas, mas sabe àquele ideia de quando o ser humano é bom é bom em tudo que faz? Temos certeza disso! Uma mulher simples e corajosa, mas de gestos marcantes e suaves, artista tem dessas coisas, consegue esse contraste como ninguém, ela faz teatro! Como todo bom artista, para manter a forma, faz corrida regularmente. O autoconhecimento nessa área é imprescindível, sabemos que ela é simpatizante do budismo. Outra filosofia que também consideramos alternativa, mas essa é outra história.
Fabiana tem vários sonhos: quis fazer teatro quando criança, já quis ser socióloga, fazer um filme, escrever um livro, mudar o mundo. Não sabia o que queria, mas tinha certeza, não queria uma coisa só. Por isso fez jornalismo. Descobriu que ele não lhe daria essa mistura, isso era coisa dela. Mas de lá para cá já fez um documentário, escreve poemas e crônicas e o que mais lhe der na telha, ah, ela faz teatro. Entendeu que não pode mudar o mundo sozinha, mas pode contribuir em parte. Entre uma mistura e outra ainda corre, anda de bike e faz yoga.
Nossos colaboradores

José Vitor adora os eletrônicos. Olha o olho olhando pela lente! É por isso que está com a gente, pois ele, mas do que qualquer um de nós se entende com as máquinas. É claro que não é só por isso que ele está conosco: ele não é irmão da Júlia, mas é um menino igualmente doce e encantador. José é estudante do ensino médio e nós não sabemos o terço do que ele sabe com as máquinas.
André Gomes
Doñino (Diodones Lisboa)
Cada um de nós temos sonhos semelhantes, ou fazemos muitas coisas parecidas. Nosso encontro foi uma coincidência feliz. Procuramos uma maneira alternativa de mudar o mundo ou a nossa própria vida , descobrimos que os antigos têm essa receita, mas muitos guardam-na no fundo de baús empoeirados pelo tempo. A sociedade moderna chama de alternativa o que nossos ancestrais faziam. Porém, algumas receitas, mesmo com o tempo e novas técnicas, são insubstituíveis, por isso, resolvemos tirar do fundo do baú a prática da roda e fazer aquilo que sabíamos fazer melhor: contar história através desse documentário. Se você como nós, descobriu que mudar o mundo é pretensioso de mais, e que sozinho é muito difícil, saiba que podemos mudar um pedaço dele, contribuindo com parte do que sabemos fazer, e todo mundo sabe fazer alguma coisa, seja um bolo, pintar um parede, pescar. Acredite, você pode ajudar, mas se etá meio perdido aqui descobrirá que existe uma forma e seu princípio básico está na coletividade.





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