A imagem que se
desenha na mente é triste, mas na realidade não é bem assim. A ideia partiu de
um homem cuja vivência acadêmica já havia esgotado sua crença no modelo
tradicional de educação. Depois de ter adquirido título de doutor na
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ter trilhado uma carreira como
professor na Pontifícia Universidade Católica- PUC, de Minas Gerais, Tião Rocha
resolveu abandonar tudo para ser educador.
Esse título só foi incorporado ao
compreender que as atuais instituições de ensino não cumpriam o papel
principal: educar para a vida. Uma educação na qual o ensinamento corresponda
às necessidades do dia a dia, que se correlacione com a realidade do indivíduo.
Desse modo, Tião Rocha viu na educação popular uma forma de inclusão, sobretudo
dos que têm menor renda, entretanto sua luta vai para além: é na escassez de
recursos que a criatividade aflora, ela não deve ser impeditivo para a
educação, é justamente a partir daí que surge um degrau para iniciativas
sustentáveis, ingrediente essencial para tornar possível a educação popular.
Foi então que
em 1984 ele funda o CPCD – Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, visando
atender crianças de quatro a cinco anos ele lança o projeto piloto: Sementinha.
O município de Curvelo, situado no Estado de Minas Gerais foi palco dessa
experiência, como não havia creches públicas a intenção era atender às crianças
da região, os espaços poderiam ser os mais diversos, como debaixo de um pé de
manga!
Isso mesmo,
debaixo de um pé de manga, em centros culturais, ou até mesmo na casa de um
morador do bairro. O lugar não é o mais importante, o grande diferencial está no que é passado para as criança, são valores básicos, mas de grande relevância para o seu desenvolvimento: autonomia,
identidade coletiva, valorização da cultura local etc.
Nesse modelo o aluno pode e deve questionar, pois não existe uma hierarquia verticalizada, os encontros são em rodas, quebrando a imagem daquele professor que apenas reproduzia informação, para agora incorporar um novo título, o de educador, pois este não traz saberes prontos, mas colabora na produção de conhecimento dando força ao corpo coletivo.
Pouco a pouco vamos contando como o projeto chegou na cidade de Santo André e o que significou para as pessoas.
Nesse modelo o aluno pode e deve questionar, pois não existe uma hierarquia verticalizada, os encontros são em rodas, quebrando a imagem daquele professor que apenas reproduzia informação, para agora incorporar um novo título, o de educador, pois este não traz saberes prontos, mas colabora na produção de conhecimento dando força ao corpo coletivo.
Pouco a pouco vamos contando como o projeto chegou na cidade de Santo André e o que significou para as pessoas.
